Vespa asiática em Portugal

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Portugal vai ter de aprender a conviver com a vespa-asiática, insecto predador de abelhas que, além de ser responsável por uma quebra na produção de mel, está também a preocupar as autoridades, pelo à-vontade com que instala os seus enormes e populosos vespeiros em zonas urbanas.

Estas duas características levaram as autoridades nacionais a definirem um plano de acção para controlo desta espécie invasora, que constitui também uma ameaça à biodiversidade e à saúde pública. Mas, no terreno, as organizações de apicultores e os bombeiros, que assumem o trabalho de identificação e destruição de ninhos, queixam-se de falta de apoio, e pedem mais verbas nacionais para uma tarefa que se multiplica de dia-para-dia.

Só neste ano já foram destruídas muitas centenas de ninhos de vespa-asiática nos distritos de Viana do Castelo, Braga e Porto, os mais afectados pela presença desta Vespa velutina nigrithorax. Não há um número exacto, só os que cada concelho vai revelando. Portugal tem uma plataforma online, a SOS Vespa, para mapear todas as ocorrências, mas esse instrumento está refém da colaboração de cidadãos e instituições na notificação, electrónica, dos casos. Por isso, a informação que ali surge não está actualizada, garantiram ao PÚBLICO várias entidades que, no terreno, se têm envolvido no combate a esta espécie,

A Vespa velutina é uma espécie exótica, mas não está ainda sequer classificada como tal, no nosso país. Essa prerrogativa de classificação cabe ao Instituto de Conservação da Natureza e Florestas, que gere também o sistema de informação SOS Vespa, mas sobre este tema não foi possível, no final da semana passada, obter explicações deste organismo, dado o facto de estar “fora do país” quem as poderia dar, explicou ao PÚBLICO o gabinete de comunicação do ICNF. Esta entidade tem um papel de coordenação, no Plano Nacional de Acção para a Vigilância e Controlo da Vespa velutina em Portugal, tal como o Instituto Nacional de Investigação Agrária e Veterinária (INIAV), ao qual foi atribuída a coordenação das acções de formação e de divulgação.

Que medo! Cuidado...

Fonte: Publico.PT


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